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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Imperishable Dreams PARTE II

Fui pra casa literalmente correndo, parecia uma louca, as pessoas me olhavam... bem, naturalmente elas olham, mas hoje muito mais. Eu estava idiota, rindo a toa e isso me irritava. Quando cheguei, minha mãe queria saber o que eu tinha ganhado, expliquei meio por cima e corri pro quarto. Sentei na cama, e fiquei olhando aquele diário. Toda vez que eu me lembrava quem tinha me dado, meu estomago queimava, mas não era uma sensação ruim, do contrário, era boa demais. Mas estive refletindo... ele poderia ter mandado fazer qualquer outra coisa, e por que um diário? Será que ele acha que sou fechada, e preciso desabafar em um caderno idiota? Já estava irritada novamente.
Ouvi a campainha tocar, olhei no relógio e tinha se passado mais tempo do que eu imaginava, já eram 15:30 hrs.
Ouvi minha mãe gritar algo do tipo "são eles!" É, so podia ser eles...
Fui até o portão, abri para os três, e voltei caminhando rápido pra dentro do quarto, sem dizer uma palavra.
Quando chegamos no quarto, eles me olhavam torto.

- Okay Gleicy, você está conseguindo ser mais estranha do que nunca, o quê tá rolando?

Era incrível como o Samuel sabia ser direto, ao perguntar alguma coisa.
Eu sentei na cama, parecia que ia desmoronar.

- Eu não sei cara, e isso é um problema.

O Leandro ria.

- Você transforma tudo em um problema, te agradeceríamos se você fosse menos emo.

Ele sabia como me irritar, mas na verdade, sempre era o único que me fazia rir quando eu não queria.

- Pô mana, algum motivo tem que ter né? Você não gostou do seu presente?

Suspirei.

- O problema não é o presente em sí, mas sim a causa dele. Por que o André me daria um diário?? Ele deve achar que sou uma otária, que tenho sentimentos e palavras guardadas, e preciso de um caderno estúpido pra desabafar.

Parecia que ninguém sabia o que falar, ficaram todos me olhando.
Mas como sempre, o Samuel e sua sinceridade deram o ar de sua graça...

- Talvez ele ache que você seja tudo isso que você falou, talvez ele saiba que você tem palavras e sentimentos trancados, por ele.

Eu fiquei surpresa demais, e devo ter ficado no minímo roxa.
Não conseguia falar nada.

- Já demoramos demais para agir, vamos fazer um lance esse fim de semana mesmo.

O Samuel me encarava, e seu olhar dizia que ele sabia o que estava fazendo.

- Lance, que lance???

Eu estava quase vomitando, de tanto nervoso.
Os outros dois, derrepente se interessaram, e se olharam como se pudessem ler a mente do Samuel.

- Okay... ou vocês me explicam detalhadamente isso, ou vou chutá-los da minha casa agora!

O Leandro caiu na risada de novo.

- Calma Glei... não fica nervosinha não, porque não vai adiantar. Você confia em nós?

- Eu já não sei.

Eu o olhava séria.

- Confia, ou não, caramba?!

- Tá tá... eu confio.

- Então pronto.

A Luana finalizou a discussão... e não tinha jeito, eu estava nas mãos deles agora.
Se despediram de mim, e saíram apressadamente, estava claro que iam colocar o plano em ação. E eu já estava quase louca, a essa altura.
Minha mãe abriu a porta depressa, me assustando.

- Nossa mãe... podia bater né?!
- Ah claro... agora vou ter que bater pra entrar na minha própria casa?
- Não é exatamente sua casa, é meu quarto.
- Cada dia você fica mais insuportável sabia?

Ela ria, e eu nem sabia porquê.

- Vou ao mercado com seu pai... vamos demorar, quando escurecer... feche a casa.
- Certo.

Eu quase dei glórias, como eu precisava ficar sozinha.
Estava deitada no sofá, ouvindo música e a campainha tocou, fui ao interfone, não era ninguém.
Uns minutos depois, tocou de novo.
Levantei louca e gritando, aquilo era a cara do Leandro, ele sempre fazia isso.

- Ok Lêeh... se você fazer mais uma vez isso, eu vou te bater e...

Quando abri o portão, eu quase caí pra trás.

-A...ndré?
- Oi, desculpa te incomodar.. droga, você tá brava.

Ele se esforçava pra não rir.
Eu fiquei vermelha.

- Não... é... aff, me desculpa, eu pensei que fosse o Leandro sabe? Ele tem dessas manias.. ele vem aqui, aperta a campainha e...

Eu estava tão nervosa, e parecia que ele gostava disso.

- Eu entendo... ele parece mesmo ser assim.

Sorri.

- Então... eu, vim aqui pra combinarmos aquele lance, da praia.
- Praia?...

Na mesma hora uma luz se acendeu na minha cabeça, e só pensei. "Foi eles."
logo retomei as palavras...

- Ahh, claro, claro... então, você vai?
- Sim... na verdade sempre quis me aproximar de vocês... observo a amizade de vocês de longe, me chama a atenção.

Abri um sorrisão.

- E por que nunca se aproximou?
- Ah... sei la... eu...

ele ficou vermelho, como era fofo.

- Eu... sou mais timído do que aparento.
- Tô vendo. Mas fica tranquilo, você se entroza rápido.

Ele sorriu.

- Bem então... você pode avisar aos outros, que meu pai liberou um dos onibus de viagem da empresa, pra gente usar?

- Claro... mas quem vai dirigir?
- Um amigo do meu pai, e meu também, mais velho
- Ah então belê... pode deixar que eu digo.
- Certo, então... eu já vou.

Ele me beijou o rosto, e eu fiquei vermelha de novo.
Era ridículo, eu não sou timída, mas com ele... eu ficava.
Entrei no quarto, me joguei na cama e comecei a viajar...
Peguei o diário, e comecei a escrever.

"Como eu deveria começar? QUERIDO DIÁRIO é a coisa mais capenga que eu já vi, acho que... já sei.
E AE MANO! Encontrei o momento certo, pra registrar aqui... eu tenho os melhores amigos do mundo, também os mais loucos. E eu... estou apaixonada, por alguém que está se aproximando de mim... caramba, será que essa vai ser a minha chance?"

(Continua...)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Imperishable Dreams PARTE I

Acordei assustada, o barulho do meu despertador me arrancou de mais um daqueles sonhos malucos que ando tendo ultimamente. Droga, 6 da manhã, querendo ou não, tinha que levantar e me preparar pra mais um dia tenso no colégio. Bem, talvez não tão tenso assim... é fim de ano, e hoje vai ter uma 'festinha', amigo secreto. Aff, como odeio essas coisas idiotas... enfim.
Pra ajudar ainda mais, eu TINHA que pegar a Amanda Lemos, a garota que eu mais detesto em todo o colégio, e é claro, ela me detesta também...e por que? Não entremos em detalhes.
De qualquer forma, o presente dela estava embrulhado, um embrulho muito bonito por sinal, todo em rosa com lacinhos, como sei que ela gosta.
Me olhei no espelho e pensei: Qual o problema de gostar de rock?
meus pais me criticam, desde o que escuto até o que uso. Lamento, só sei ser assim, como sou.
Nem me preocupei em tomar café, comida não ia faltar na maldita festa;

Nem acreditei quando cheguei... aliás, era de se esperar, aquela decoração ridicula, colorida e feliz... ah... já jurei a mim mesma que minha festa de 18 anos seria semelhante à um cenário de filme de terror... ou daqueles de caça a vampiros e monstros...
Já estava rindo, imaginando a cara dos meus pais, se rolasse mesmo a tal decoração, quando fui imterrompida pela voz da Luana

- Gleicy, já vão começar a revelar os amigos secretos, vamô lá.
- Ok né.

Meu mau humor estava visível, e creio eu que contagiante.
Quando cheguei na sala, já haviam sido revelados uns 3 nomes. Foi quando o André se levantou, após terem tirado ele. Só de ver que era a vez dele... meu coração disparou. Ele logo se levantou e começou a dizer.

- Bem, eu peguei uma menina. Ela é...diferente, beeem diferente... mas pelo que percebo ela é muito legal. E é gata.

Derrepente a sala toda já estava olhando pra mim, e falando meu nome.
Ele sorriu, aquele sorriso lindo que eu estava observando o ano todo.

- É, é ela sim.

Me puxou pela mão, e entregou o meu presente.
Estava em um embrulho preto, que parecia o pano de uma calça que eu tenho. Laços roxos, era lindo, na verdade a minha cara.
Quando eu abri, fiquei surpresa... era, uma espécie de livro... de capa dura, e estava escrito "Book of the secrets". Quando eu abri, vi que era mais pra um caderno. Com folhas em branco... olhei pro André...

- É...isso é?...
- Um diário.

Quase não acreditei.
Ele pegou delicadamente da minha mão, e me mostrou as ultimas páginas.

- Foi feito especialmente pra você. Olha só...

Tinha uma menina loira, super rocks, e escrito 'rock'n roll' e também tinha algumas frases que tenho em algumas camisetas.
Fiquei surpresa e feliz, em saber que ele prestava atenção nos minímos detalhes que diziam respeito a mim, e ao que eu usava.
Mas mesmo assim, ainda não tinha entendido direito.

- hmmm ééé, feito pra mim??
- É, minha mãe trabalha com isso... eu pedi a ela que fizesse, queria sei lá, dar algo que você não pudesse nunca mais ganhar igual.

Cara, eu achei que ia cair dura ali mesmo.
Ele me abraçou, e eu tremi inteira.
Bem, todo momento bom, tem que ter um ruim acompanhando. Era minha vez de revelar minha "amiga secreta".

- Então... eu peguei uma garota também. Ela é... popular e...

nem precisei terminar, todo mundo já estava gritando o nome dela.
Foi horrível ter que abraçá-la... enfim, pelo escandâlo que ela fez, deve ter gostado de ganhar a última coleção de Dvd's da Hilary Duff. Se bem que, escândalo e fingimento são os segundo e terceiro nome dela, enfim, nem me importava. Eu tinha ganhado algo especial, eu só queria sair correndo dali, antes que eu acordasse. Sentia muito medo de ser mais um sonho.
Procurei a Luana. e pedi que fossemos a sala dos nossos outros amigos.
Samuel, e Leandro.
Chegando lá, eles estavam com umas caras que achamos melhor nem perguntar o que tinha ganhado, ou que não tinham ganhado.
o Samuel olhava frenéticamente pro meu pacote, não sei porque demorou tanto a perguntar o que era, na verdade... nem perguntou, simplesmente o tomou da minha mão.

- O que é isso?
- O que parece?

Ele folheava o diário.

- Sei la, um livro em branco?

Eu ri.

- Não besta, existe livro em branco, por acaso?
- Por acaso, deveria estar escrito "Meu Diário" não qualquer outra coisa.

Tomei da mão dele imediatamente.

- É porque não é um diário qualquer.
- É... foi o André que mandou fazer

A Lully parecia tão feliz quanto eu, claro, só podia, ela é minha melhor amiga.
Já o Samuel, fazia pouco caso, como sempre.

- André é? Hm, legal.

O Leandro como sempre... viajando, nem ouvia a nossa 'discussão'

- Galera, vamô comer?

Todos concordaram, menos eu.

- Acho que não povo, não estou me sentindo muito bem... vou pra casa. Vocês passam la mais tarde ok?

Virei as costas e fui andando, antes que algum deles pudesse tentar me impedir...
Eu só queria me deitar, e pensar nele.

(Continua...)